quarta-feira, 27 de julho de 2011

Grãos de areia revelam mundo de cores e formas

Um cientista norte-americano fotografa grãos de areia e amplia as imagens em mais de 250 vezes, revelando estruturas de formatos inusitados e cores vívidas. Veja a galeria.
''Cada grão de areia é único'', afirma Gary Greenberg, diretor do Laboratório de Microscopia e Microanálise do Instituto de Astronomia na Universidade do Havaí (EUA).
Greenberg, que fotografa grãos de areia há dez anos, é originalmente fotógrafo e cineasta, mas mudou-se de Los Angeles para Londres nos anos 1970 com o objetivo de tornar-se doutor em pesquisa biomédica pela University College, na capital britânica.
O especialista diz que os grãos trazem consigo histórias sobre a geologia, a biologia e a ecologia da região de onde se originam.
Grãos de areia revelam mundo de cores e formas (Foto: Gary Greenberg)Grãos de areia revelam mundo de cores e formas (Foto: Gary Greenberg)
Grãos de areia revelam mundo de cores e formas (Foto: Gary Greenberg)Grãos de areia revelam mundo de cores e formas (Foto: Gary Greenberg)

Para captar as imagens, ele utiliza microscópios especiais tridimensionais. Greenberg afirma que fotografar os grãos é uma tarefa complicada, já que os microscópios que ele utiliza têm pouca profundidade de campo, dificultando a obtenção do foco.
''Eu supero essa limitação fotografando uma série de imagens tomadas com focos distintos', afirma o professor.
'Para produzir uma imagem totalmente em foco, um programa de computador analisa cada imagem captada na série, seleciona as que estão bem focadas e descarta as outras.'.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Descoberto maior reservatório de água do universo


Concepção artística ilustra um quasar similar ao encontrado pelos astrônomos, onde havia quantidades gigantescas de vapor d'água. Gás e poeira formam .... Foto: Nasa/ESA /Divulgação Concepção artística ilustra um quasar similar ao encontrado pelos astrônomos, onde havia quantidades gigantescas de vapor d'água
Foto: Nasa/ESA /Divulgação
Duas equipes de astrônomos lideradas por cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, descobriram o maior e mais distante reservatório de água já detectado no universo. A água, equivalente a 140 trilhões de vezes toda a água do oceano do mundo, envolve um enorme buraco de alimentação negro, chamado quasar, a mais de 12 bilhões de anos-luz de distância.
Astrônomos já haviam detectado vapor d'água, que é um sinal importante para investigar o universo, em outras partes do universo, mas não em tanta quantidade. "É uma demonstração de que a água está por todo o universo, ainda que em tempos mais antigos", avaliou Matt Bradford, um cientista do Laboratório da Nasa, em Pasadena, Califórnia.
Quasares são objetos brilhantes e muito distantes no universo. Estão localizados nos núcleos de galáxias e são abastecidos com a energia de buracos negros. O APM 08279+5255, quasar observado nesta pesquisa, tem um buraco negro 20 bilhões de vezes mais massivo que o Sol e produz energia superior à energia de trilhões de sóis.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Depois do Atlantis, qual é a próxima viagem da NASA?

As operações da NASA que colocaram, ao longo de 30 anos, seres humanos a orbitar em volta da Terra em vaivéns espaciais terminaram ontem. Às 9h56 horas de Lisboa, o vaivém espacial Atlantis aterrou com sucesso no Centro Espacial Kennedy (KSC), na Florida, depois de uma última missão de 18 dias comandada pelo veterano Chris Ferguson, para transportar recursos para a Estação Espacial Internacional (EEI).


Embora os voos tenham terminado, o programa orbital só deverá ser encerrado oficialmente em Agosto e vai levar cerca de dois anos à agência espacial terminar todas as actividades ligadas ao vaivém e arquivar a informação durante 30 anos de estudos aeroespaciais.

Com a aterragem do Atlantis, seguida no local por cerca de duas mil pessoas, não chega apenas ao fim a era dos vos espaciais tripulados da NASA. A derradeira viagem do vaivém marcou também a dispensa de 3 mil trabalhadores envolvidos nas operações. O governo norte-americano ordenou à NASA que pusesse fim aos voos dos vaivéns - primeiro, o Discovery e o Endeavour, no início do ano, e agora o Atlantis - em grande parte devido aos elevados custos do programa. O projecto SETI para a pesquisa de sinais de vida extraterrestre, foi igualmente suspenso, em Abril, por falta de fundos.

Os EUA vão delegar à Rússia o transportes de astronautas norte-americanos para a EEI - irónico, já que o programa espacial norte-americano foi idealizado, em parte, como uma resposta ao programa idêntico da União Soviética, no apogeu da Guerra Fria. É por isso que há vozes discordantes em relação ao fim dos vaivéns, incluindo a do astronauta John Glenn, que disse à CBS News que o fim dos voos orbitais é um erro. "Vamos ter os nossos astronautas a entrar em Soyus, no Cazaquistão, em foguetões russos. Não gosto. Não me parece adequado à maior nação na corrida espacial, tal como o presidente [John F.] Kennedy nos denominou", afirmou o veterano astronauta, que chegou a voar no vaivém Discovery, com 77 anos, em 1998.

A NASA tem financiado empresas privadas que pretendem entrar na corrida espacial, mas até os projectos mais avançados não deverão estar prontos a partir em menos de três anos. A agência espacial norte-americana espera que o dinheiro que poupam com a supressão do programa orbital possa ser utilizado para investir numa nova nave espacial, conhecida como Orion, capaz de transportar os astronautas para destinos mais distantes, como a Lua, Marte ou a cintura de asteróides. O projecto está feito e em estado avançado de desenvolvimento.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Astrônomos descobrem a quarta lua de Plutão

WASHINGTON, EUA — Fotografias do telescópio espacial Hubble da Nasa permitiram a astrônomos observar uma pequena e quarta lua de Plutão, a menor examinada em órbita do planeta anão, informou nesta quarta-feira a agência espacial americana.
A lua, denominada por enquanto P4, até que se decida por um nome melhor, tem apenas entre 13 e 24 quilômetros de diâmetro.
"É digno de destaque o fato de as câmaras do Hubble nos permitir ver tão claramente um objeto estelar tão pequeno a uma distância de mais de 5 bilhões de quilômetros", disse o astrônomo Mark Showalter, do SETI Institute de Mountain View, Califórnia.
A maior lua de Plutão, Caronte, mede 1.043 km de diâmetro. As outras duas, Nix e Hidra, possuem entre 32 e 113 km de diâmetro, informou a Nasa.
O Hubble descobriu Nix e Hidra em 2005. Os astrônomos do Observatório Naval dos Estados Unidos viram Caronte em 1978.
A primeira foto da P4 foi tomada com ajuda da Wide Field Camera 3 no dia 28 de junho, e sua existência foi confirmada por outras fotografias feitas nos dias 3 e 18 de julho.
"Essa lua não pôde ser observada em imagens anteriores do Hubble porque seus tempos de exposição são curtos. Existe a possibilidade de que tivesse aparecido como uma mancha muito tênue, em imagens de 2006", explicou a Nasa.
O Hubble é um potente telescópio espacial que transformou o campo da astronomia desde seu primeiro lançamento, em 1990.
Plutão, anteriormente conhecido como o nono planeta do Sistema Solar, foi desclassificado em agosto de 2006, passando a constar da nova categoria de planeta anão.
Possui aproximadamente 2.300 km de extensão, correspondendo a dois terços do tamanho da Lua e massa inferior a 1% da nossa Terra.

Peróxido de hidrogénio encontrado pela primeira vez no Espaço

Pode ajudar a compreender formação de água no universo

Investigadores observaram a região da Via Láctea localizada próximo da estrela Rho Ophiuchi, na constelação Ofiúco
Investigadores observaram a região da Via Láctea localizada próximo da estrela Rho Ophiuchi, na constelação Ofiúco
Pela primeira vez, os cientistas conseguiram encontrar moléculas de peróxido de hidrogénio (água oxigenada, em solução aquosa). A descoberta fornece pistas sobre a ligação química entre duas moléculas indispensáveis à vida: água e oxigénio.
O peróxido de hidrogénio é um elemento-chave na química da água e do ozono na atmosfera do nosso planeta. É geralmente utilizado como desinfectante ou mesmo para aclarar cabelo. Esta molécula foi descoberta no espaço por astrónomos que utilizaram o telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO), o Atacama Pathfinder Experiment telescope APEX. O estudo está publicado na revista «Astronomy & Astrophysics».
A descoberta foi feita utilizando o APEX, que se encontra no planalto do Chajnantor a cinco mil metros de altitude, nos Andes Chilenos. A equipa observou a região da Via Láctea localizada próximo da estrela Rho Ophiuchi, na constelação Ofiúco, a cerca de 400 anos-luz de distância.
A região contém nuvens densas de gás e poeira cósmica muito frias (-250º Celsius), onde novas estrelas se estão a formar. As nuvens são principalmente constituídas de hidrogénio, mas contêm traços de outros elementos químicos e são alvos principais na procura de moléculas no espaço. Telescópios como o APEX, que observam na região de comprimentos de onda do milímetro e submilímetro, são ideais para detectar sinais vindos destas moléculas.
“Ficámos entusiasmados ao descobrir as assinaturas do peróxido de hidrogénio com o APEX. Sabíamos quais os comprimentos de onda que devíamos procurar, mas a quantidade de peróxido de hidrogénio na nuvem é apenas de uma molécula para dez mil milhões de moléculas de hidrogénio, por isso para a detecção ser possível são necessárias observações muito cuidadas”, diz Per Bergman, autor principal do artigo e astrónomo do Observatório Espacial Onsala, na Suécia.
A formação do peróxido de hidrogénio (H2O2) está ligada a duas outras moléculas bem familiares, o oxigénio e a água, as quais são indispensáveis à vida. Uma vez que se pensa que a maior parte da água existente no nosso planeta se formou originariamente no espaço, os cientistas estão muito interessados em compreender como é que ela é formada.
Acredita-se que o peróxido de hidrogénio se forma na superfície de grãos de poeira cósmica – partículas muito pequenas semelhantes a areia e cinza – quando o hidrogénio (H) se adiciona a moléculas de oxigénio (O2). Uma reacção adicional do peróxido de hidrogénio com mais hidrogénio é uma das maneiras de produzir água (H2O). Esta nova detecção de peróxido de hidrogénio ajudará os astrónomos a compreender melhor a formação de água no Universo.
“Não sabemos ainda como é que  algumas das mais importantes moléculas existentes na Terra se formam no espaço. Mas esta descoberta indica que a poeira cósmica é o factor que falta no processo”, diz Bérengère Parise, co-autor do artigo científico e director do grupo de investigação de formação estelar e astroquímica Emmy Noether do Instituto Max-Planck de Rádio Astronomia na Alemanha.
O APEX é uma colaboração entre o Instituto Max-Planck de Rádio Astronomia (MPIfR), o Observatório Espacial Onsala (OSO) e o ESO. O telescópio é operado pelo ESO.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Rede vai monitorar tremores no Brasil

Com financiamento da Petrobras a um custo aproximado de R$ 20 milhões, quatro instituições de pesquisa brasileiras estão montando a primeira rede sismográfica unificada para cobrir todo o território nacional.
Com ela, será possível conduzir estudos mais detalhados do interior da crosta terrestre em solo brasileiro (área de pesquisa hoje ainda pouco explorada) e monitorar, em tempo real, tremores de terra que estão acontecendo em todo o planeta.
No momento, são 67 as estações planejadas, das quais 20 serão de responsabilidade da USP, 20 da UnB (Universidade de Brasília), 15 da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e 12 do ON (Observatório Nacional).
Cada estação tem um sensor de banda larga e um acelerógrafo, dispositivos para o registro de vibrações sísmicas de diferentes intensidades. Uma antena 3G fornece a conexão com o resto da rede via internet.
"Conforme o projeto for evoluindo, podemos colocar mais estações e integrar o sistema com outras instalações já existentes", conta Marcelo Assumpção, do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP e coordenador do projeto, chamado Brasis.
CONEXÕES
Quanto maior o número de estações, mais precisão os cientistas têm na hora de identificar o local de onde se iniciou um tremor de terra.
Isso acontece porque as ondas de choque do abalo sísmico são disparadas em todas as direções, e diferentes estações as receberão em tempos e intensidades diferentes, de acordo com a distância do epicentro e a composição da crosta naquela região. Triangulando todas as informações, obtém-se o resultado, e quanto mais pontos de observação, mais precisa fica a análise.
O pessoal da USP já tem dez estações instaladas e operando de forma integrada --os dados são compartilhados em tempo real pela internet e processados por um computador--, que identificam automaticamente terremotos de magnitude 5 para cima na escala Richter. "Já registramos tremores no Chile, no Peru, na América Central", relata Assumpção.
Para o monitoramento de abalos no Brasil, contudo, será preciso melhorar a "resolução" da rede, com a instalação de novas estações. Isso porque os tremores registrados no território nacional, que afetam sobretudo o Nordeste do país, raramente ultrapassam a magnitude 3.
Quando isso for possível, contudo, espera-se que o projeto não só alavanque as geociências no Brasil como também cumpra um papel social.
"Poderemos auxiliar ações da Defesa Civil, sempre que necessário", diz Aderson do Nascimento, sismólogo da UFRN. "O Nordeste é uma zona bem sísmica, em que tremores de magnitude 2 são sempre bem sentidos pela população. As pessoas ficam assustadas, e é preciso ter informações sobre o que está acontecendo."
O pesquisador também destaca a importância do trabalho para a área de engenharia civil. "Obras devem levar em conta parâmetros sísmicos que só agora poderão ser incorporados ao seu planejamento", destaca. A expectativa é que a rede já esteja completamente operacional em dois anos.

Vesta, o asteróide coberta de lava misterioso

Um grande asteróide coberta de lava ao redor em nossos céus e no espaço é uma máquina pela primeira vez, revelando os mistérios. E "Vesta, o asteróide apenas visível a olho nu, até meados de agosto será visto na constelação de Capricórnio.
O Gat, Tradatese Astronomical Group, está em fibrilação, porque esse ponto de luz para se esconder segredos que são revelados. "Há momentos na história da ciência e da astronomia, que a mudança para as boas idéias e hipóteses, até mesmo milênios - Guaita diz César, presidente do Gat - Um desses momentos está ocorrendo nestes dias de verão, e todos terão a oportunidade de participar em essênio ".


Para os fãs das coisas celestiais, para aqueles que são apenas curiosos, se você possui um pequeno telescópio ou mesmo binóculos, convite Gat é olhar na direcção da constelação de Capricórnio, baixa para o horizonte "do sul, mas bem suficientemente visível do céu escuro, como o mar ou montanhas. Dentro desta constelação é que transitam pelo asteróide apenas visível a olho nu: é Vesta, descoberto mar 29, 1807 por Heinrich Wilhelm Olbers e se tornou um dos órgãos mais misteriosos no sistema solar.
"Hoje em dia, pela primeira vez na história, os segredos de Vesta estão quebrando - explica Guaita - Mérito da missão espacial Dawn (Alvorada), após uma jornada complicada de quatro anos em órbita do asteróide veio em 16 de julho e permanecerá por um ano. As imagens que estão chegando no chão já estão extraordinária para os cientistas ao redor do globo, que estão seguindo a missão com a respiração suspensa. Na verdade, apesar da crônica falta de interesse e culpado da mídia italiana, a missão Dawn não tem igual no esforço da nossa geração a compreender a origem e evolução dos planetas. "
Vesta é o asteróide Ceres segundo como um seguir em massa, mas como a composição é única: a sua superfície é feita de basalto (lava que solidificou) e ninguém sabe por que a rocha teria derretido em um corpo de apenas 500 km de diâmetro. Sabemos, no entanto, que algumas peças de roupas foram encontradas na Terra na forma de meteoritos estranho chamado eucrites ou Diógenes: ninguém sabe como isso poderia ter acontecido, mas descobre que Aurora e, talvez, já está descobrindo.
Cesare GuaitaIndividuare Vesta é fácil, o segundo Guaita: "Felizmente, quando lá, quase 200 milhões de km de distância, uma tecnologia fantástica máquina vem monitorando atentamente Vesta aqui na Terra o asteróide misterioso pode ser facilmente rastreados desde meados de julho a meados de agosto na constelação de Capricórnio visualmente (ou binóculos) é apenas um blip:.-lo embora, ele se move lentamente entre as estrelas noite após noite, e atingirá a melhor visibilidade (magnitude 5.5) No início de agosto, quando está na oposição (ou seja, alinhada por trás da Terra e do Sol).Com uma câmera digital com uma lente de 50 mm e uma sensibilidade de ASA 800-1600, você pode fotografar a constelação de Capricórnio a cada três ou quatro dias e então comparar as várias imagens: o asteróide Vesta será fácil identificá-las, porque vai ser o ponto 'única' que mudou (direita) entre as estrelas. Uma pequena experiência certamente educacionais, mas, neste momento, também adquire um significado emocional forte, se considerarmos a grande missão espacial em ação ".
O Gat convida a todos para acompanhar o progresso e descobertas de Dawn da NASA no site. À espera de algumas noites pública sobre o assunto, já agendada para os próximos meses a trair.
Abaixo o mapa para localizar a posição de Vesta no céu

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cometa que se aproxima da Terra provoca divergências na Internet

  Seria o dia 16 de outubro de 2011 a data fatídica do fim do mundo? Ou será apenas uma oportunidade para apreciar um belo espetáculo no céu? Esta é a polêmica que está instalada na Internet. Especialistas, simpatizantes e curiosos da astronomia vem dividindo opiniões sobre as consequências da chegada do cometa Elenin, que deve atingir sua aproximação máxima junto à Terra (chamada perigeu) exatamente daqui a três meses.

Ainda que a expectativa seja de que sua órbita mantenha uma distância 90 vezes superior a da Lua, em blogs e sites há quem diga que os dados oficiais possam ser uma estratégia para maquiar a realidade e evitar pânico. Divergências de pontos de vista também já estão presentes em redes de relacionamento como Twitter e Facebook.

No www.hardmob. com.br, por exemplo, um dos colaboradores argumenta que o fato de a Agência Espacial Norte Americana (Nasa) pouco falar no assunto indica que algo que possa “afetar todo o mundo e matar milhões de pessoas” esteja sendo escondido.

O mesmo site faz uma associação entre o início do nome do cometa com a sigla ELE que, em inglês, significaria extinção em massa de espécies. “Pode ser que algo muito ruim venha acontecer logo, logo. Afinal, como podemos imaginar, um desastre desses, se fosse previsto, jamais seria relevado para o público, pois certamente haveria um caos no planeta inteiro”, diz o texto.

Pelo menos outros dois blogs fazem referência a uma notícia publicada em maio pelo Portal Terra na Argentina. Na matéria, um estudioso de astronomia confirmava informações de cientistas chineses de que o Elenin seria seguido por uma desconhecida formação ‘estranha e obscura’ parecida com um objeto voador não-identificado (ovni). “Atrás do cometa, os cientistas chineses asseguram que vem algo que eles chama de ‘cluster’, que significa um cúmulo globular, ou talvez uma nave extraterrestre”, afirma.

Já o responsável pelo endereço realidadeoculta. blog.com teme que o cometa venha provocar fortes influências no campo magnético terrestre, o que, segundo ele, poderiam causar terremotos, tsunamis ou erupções vulcânicas. No mesmo endereço, é cogitada ainda a possibilidade de o Elenin alterar o campo gravitacional do Sol, tendo como consequência tempestades magnéticas solares que poderiam atingir a Terra.





Cautela


Mas há quem tenha mais cautela ou tranquilidade para lidar com o assunto. No site www.provafinal.net, um colaborador destaca que a órbita do cometa ainda pode sofrer mudanças de cálculos nas próximas semanas, mas diz acreditar na improbabilidade de colisão do corpo celestial com a Terra. “No site da Nasa, é possível ver uma animação da trajetória do Elenin. Se houvesse algum tipo de colisão, não teriam colocado nada no site. Não é uma questão de confiar ou não no órgão oficial, mas de ler as entrelinhas”, argumenta.

De fato, todos os especialistas consultados pelo JC são unânimes. Não há motivo para pânico. O Elenin nem mesmo é um cometa de grandes proporções e deve passar a 34,9 milhões de quilômetros de distância da Terra. Para o físico Pedro D’Incao, toda a celeuma criada em torno dele é fruto de especulações sem fundamento, sempre presentes quando o assunto são fenômenos astrofísicos.

“O misticismo sobre o fim do mundo existe, principalmente em relação à astronomia, desde que o homem começou a observar a natureza. E, nesse mundo especulativo, cabe qualquer coisa”, pondera ele, que afirma acreditar nas informações oficiais. “Não acredito que haja a conspiração que se imagina”, defende.



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Leonid Elenin


Batizado oficialmente de C/2010 X1, o cometa Elenin foi descoberto em 10 de dezembro de 2010 pelo astrônomo russo Leonid Elenin, através de um dos telescópios robóticos do International Scientific Optical Network, instalado no Novo México, Estados Unidos. Segundo a agência espacial da Rússia Roscosmos, o cometa foi o primeiro descoberto por um russo neste século.



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Inofensivo?


Para fins de comparação, o cometa Elenin é três vezes menor do que seu “irmão” mais famoso, o Halley, que em 2010 criou um clima de pânico em escala global após notícias serem veiculadas acerca do gás letal presente em sua cauda. O Halley passou, inofensivo, pela órbita da terra e voltou em 1986, deixando, mais uma vez, apenas um belo espetáculo como registro.

“O Halley não provocou nenhum tipo de influência na terra e com o Elenin será a mesma coisa. Não haverá nada de excepcional. Dependendo do quão distante ele estiver de nós, conseguiremos, no máximo, vê-lo através do telescópio”, adianta o físico Jorge Honel, responsável pelo setor de astronomia do Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos.



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Terra não sofrerá consequências


Se os cálculos estiverem certos e o cometa Elenin passar a 34,9 milhões de quilômetros de distância da Terra, nenhum efeito provocado por ele será sentido pelos humanos. É o que garantem especialistas consultados pelo JC.

Pesquisador do Departamento de Astrofísica do Observatório Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o astrofísico Carlos Henrique Veiga explica que são remotas as chances de o cometa provocar efeitos como tsunamis ou terremotos. Para tanto, o Elenin teria que atingir a atmosfera terrestre, o que está longe de acontecer, segundo as projeções.

“Pelo tamanho que ele tem (cerca de 3,5 quilômetros de massa), precisaria passar pelo menos a um milhão de quilômetros de distância da atmosfera para provocar algum efeito de maré, mas ainda sem nenhum dano aos humanos. Seria parecido com as alterações provocadas pela Lua, que tem o mesmo diâmetro do Elenin, mas está a 484 mil quilômetros da Terra, embora se movimentando em menor velocidade”, esclarece.

Já as chances de o cometa interferir no campo eletromagnético do Sol e provocar as chamadas manchas solares ou tempestades eletromagnéticas. Segundo Veiga, o que ocorre é justamente o contrário: se passar muito próximo do Astro-Rei, o Elenin poderá ser atraído e se chocar contra ele, sem nenhum reflexo para a Terra.

“Os cometas não são nada perto do Sol. As tempestades magnéticas, manchas e os ventos solares são provocados por distúrbios no campo eletromagnético do Sol ainda não muito bem entendidos pela Física. Algumas destas anomalias podem causar pane nos sistemas de telecomunicações da Terra, mas não são causadas por cometas, em absoluto”, alerta.

Responsável pelo setor de astronomia do Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, o físico Jorge Honel também desconsidera a possibilidade de um ovni pegar carona na cauda do cometa. “Isso não tem nenhum fundamento. Essa é só a letra de um verso de música infantil”, ironiza, numa referência à música “Lindo Balão Azul”, do cantor Guilherme Arantes.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

TABELA COM OS DIÂMETROS EQUATORIAIS DO SOL E DOS PLANETAS


Astro
Raio equatorial
(km)
Raio na escala (mm)
Diâmetro[1] na escala (mm)
Diâmetro equatorial (km)
Sol
695.000
109,0
400,0
800
1.390.000
Mercúrio
2.439,7
0,4
1,4
2,8
4.879,4
Vênus 
6.051,8
0,9
3,5
7,0
12.103,6
Terra
6.378,14
1,0
3,7
7,3
12.756,28
Marte
3.397,2
0,5
2,0
3,9
6.794,4
Júpiter
71.492
11,2
41,1
82,3
142.984
Saturno
60.268
9,4
34,7
69,4
120.536
Urano
25.559
4,0
14,7
29,4
51.118
Netuno
24.746
3,9
14,2
28,9
49.492
Plutão
1.160
0,2
0,7
1,3
2.320
Fig 8. Discos dos planetas na escala adotada

Tripulação da Atlantis desfruta primeiras horas de folga ao som de R.E.M.

A tripulação da Atlantis foi acordada nesta quinta-feira pelo cantor do R.E.M., Michael Stipe, e desfrutou pela primeira vez de meio dia livre desde que a nave começou sua última missão no dia 8 de julho, informaram fontes da Agência Espacial Americana (Nasa).

A canção escolhida para despertar os astronautas foi "Man On The Moon", junto com uma mensagem do cantor, que em nome da banda desejou sucesso à missão. "Queremos agradecer a todas as mulheres e homens na Nasa que trabalharam durante três décadas na nave", disse Stipe.
A música do R.E.M. já foi escutada em outras missões espaciais; "Shiny Happy People" também já foi usada para acordar os astronautas, na missão STS-58 de 1993 e na STS-82 em 1997.
O comandante Chris Ferguson, o piloto Dough Hurley e os especialistas Sandra Magnus e Rex Walheim continuaram com a transferência da carga que transportaram no módulo Rafaello para abastecer à Estação Espacial Internacional (ISS).
Os quatro dividiram tarefas com os tripulantes permanentes da ISS e posteriormente aproveitaram algumas horas de folga para desfrutar, pela primeira vez desde que partiram, a privilegiada visão da Terra a 380 quilômetros de distância.
"Não tivemos muito tempo livre ainda, mas estamos trabalhando muito duro para avançar nas tarefas, portanto quando tivermos nosso meio dia livre teremos tempo de olhar pela janela", brincou Magnus em entrevista transmitida no canal de televisão da Nasa na quarta-feira.
A Atlantis levou mais de quatro toneladas de provisões e equipamentos que ajudarão a ISS a continuar operando durante 2012, quando os Estados Unidos já não contarão com naves para viagens de reabastecimento e revezamento de tripulações na estação espacial.
A nave trará para a Terra 2,5 toneladas de artefatos armazenados na ISS, como a bomba de amoníaco do sistema de ventilação que estragou no ano passado para que os especialistas da Nasa analisem o motivo da falha.
A Atlantis já realizou 32 voos espaciais em seus 26 anos de atividade, nas quais passou mais de 293 dias no espaço e percorreu mais de 194 milhões de quilômetros. Esta será sua última viagem e a missão final da era das naves, uma vez que a Nasa acabará com o programa após 30 anos.

A sonda espacial alcança órbita de um asteróide


Pela primeira vez a oportunidade de estudar em profundidade o asteróide Vesta.

A sonda Dawn of NASA entra na órbita do asteróide Vesta para estudar em detalhe.

Vesta, com seus quase 530 quilômetros de diâmetro é um dos maiores objetos no cinturão de asteróides, o anel de pedras de todos os tamanhos ao redor do Sol entre as órbitas de Marte e Júpiter.

A missão Dawn irá estudar o grande asteróide durante um ano, e as suas observações irá esclarecer como se desenvolveram os primeiros capítulos da existência do sistema solar.

A imagem obtida pela NASA foi tomada em julho passado nove a uma distância de 41.000 km de Vesta.

Para alcançar este tour de force foi necessário para estudar o espaço por anos Vesta caminho ao redor do Sol, de fato, não é o mesmo para a órbita de um planeta como Marte ou Júpiter, que um asteróide, mesmo que o maiores. Qualquer erro de cálculo, ainda que pequena, poderia inviabilizar a missão.

NASA faz descoberta que impactará busca por vida fora da Terra

Na próxima quinta-feira, às 17h* do horário de Brasília, a NASA, agência espacial dos Estados Unidos, fará um anúncio de uma descoberta astrobiológica que, segundo o site da agência, "trará impactos na busca de evidência de vida extraterrestre".
Editora Globo
A astrobiologia compreende o estudo da origem, evolução, distribuição e futuro da vida no universo. A conferência acontecerá na sede da NASA, em Washington, e terá transmissão ao vivo pela NASA Television e pelo site da agência.
Dentre os participantes da coletiva estão Pamela Conrad, astrobióloga autora de um estudo de 2009 sobre geologia e vida em Marte, Steven Benner, membro do grupo de pesquisas sobre Titan, a maior lua de saturno, e James Elser, ecologista envolvido no programa Follow the Elements, que estuda a química dos ambientes em que a vida evolui.
Também participam Mary Voytek, diretora do Programa de Astrobiologia da NASA, e Felisa Wolfe-Simon, pesquisadora de astrobiologia da USGS, agência geológica dos EUA.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Galáxias distantes revelam segredos da evolução do universo


A compreensão da evolução do universo ao que conhecemos hoje está sendo ampliada cada vez mais. Isso graças à tecnologias que permitem avanços na astronomia e que estão revolucionando a visão humana da história cósmica.
Só na última década, grandes pesquisas astronômicas forneceram amostras de centenas de milhares ou até mesmo milhões de corpos celestes. Isso permitiu análises de interconexões detalhadas entre as galáxias. Esses estudos são possíveis pela rápida aceleração tecnológica dos computadores, que podem armazenar e analisar uma enorme quantidade de dados, algo inimaginável no passado.
O Sloan Digital Sky Survey (SDSS), por exemplo, é um ambicioso projeto que está nos fornecendo várias respostas sobre as galáxias. Ele abasteceu os cientistas com importantes informações e detalhes de aproximadamente um milhão delas, já que permitiu que eles explorassem a idade das galáxias a partir da massa e formato. Esses dados esclareceram que as galáxias mais maciças são as mais antigas e também deu respostas sobre como se dá a formação de novas estrelas em cada uma delas.
Nos últimos 20 anos também tem se visto uma explosão de novos e avançados telescópios, que permitem lançar um olhar cada vez mais distante sobre o universo. Observando luzes distantes da Terra, é possível desvendar segredos do passado das galáxias e do nosso próprio surgimento.
Entre as muitas descobertas recentes, uma das mais surpreendentes é a de que cerca de metade das estrelas já estavam presentes nas galáxias há 500 milhões de anos (o cosmos teria cerca de 13,7 bilhões de anos desde o Big Bang).
Mesmo que os cientistas estejam aprendendo muito sobre a origem e evolução das galáxias, muitos outros enigmas permanecem. Uma grande questão é a de como e quando surgiram as primeiras galáxias. Isso seria tão crucial para os astrônomos quanto o esforço dos paleontólogos para encontrar a primeira forma de vida na Terra.
Outro tema intrigante é como os buracos negros influenciam nas propriedades das galáxias. Embora os cientistas saibam que eles são fontes de energia extremamente poderosas, o modo como eles alteram uma galáxia ainda é obscuro.
Uma maneira de responder esses e muitos outros mistérios seria a partir da análise das primeiras estrelas, galáxias e buracos negros. Uma ferramenta que poderia ser a chave para observar o princípio do universo é o Telescópio Espacial James Webb, da NASA, que está em fase de desenvolvimento – mas o projeto pode ser cancelado devido ao seu alto valor de investimento.
Caso isso ocorra, seria uma grande perda para a astronomia, pois o telescópio pode responder importantes questões sobre como chegamos aqui e dar respostas científicas reais sobre algumas das maiores questões de todos os tempos.
Embora o Telescópio Espacial James Webb esteja em perigo, os cientistas ainda podem desvendar o universo de maneira avançada com outra tecnologia, Atacama Large Millimeter Array, o ALMA. O James Webb, entretanto, poderia observar estrelas e galáxias antigas de maneira mais clara e sofisticada, sem as mesmas distorções presentes no ALMA

Astronomia gera conhecimento para combater o câncer

   
Os elétrons ejetados pelos átomos de ouro e platina criam um gás eletricamente carregado, ou plasma, extremamente localizado, mas capaz de matar as células dos tumores. [Imagem: Sultana Nahar]

Poeira de estrelas

Pesquisas feitas por astrônomos sobre os corpos celestes estão tendo um impacto direto sobre os corpos humanos.
Os astrônomos da Universidade do Estado de Ohio (EUA) estão trabalhando com físicos-médicos, radioterapeutas e oncologistas para desenvolver um novo tratamento de radioterapia.
A nova terapia de radiação será mais agressiva contra os tumores e mais suave com os tecidos saudáveis ao seu redor.

Radiação das estrelas

Ao estudar como os elementos químicos emitem e absorvem a radiação no interior das estrelas e em torno dos buracos negros, os astrônomos descobriram que os metais pesados, como o ferro, emitem elétrons de baixa energia quando expostos a raios X com energias específicas.
Essa descoberta levanta a possibilidade de que os médicos usem implantes feitos de certos elementos pesados para destruir tumores com elétrons de baixa energia, expondo o tecido saudável a um nível de radiação muito menor do que é possível hoje.
Implantes semelhantes também poderão melhorar o diagnóstico médico por imagens do interior do corpo humano.

Plasma

Sultana Nahar e seus colegas estão trabalhando com os elementos ouro e platina para construir um dispositivo que gera os raios X em frequências-chave.
Seus dados indicam que um único átomo de ouro ou platina atingido por uma pequena dose de raios X em uma estreita faixa de frequências - equivalente a cerca de um décimo do amplo espectro de frequências da radiação de raios X - produz um fluxo de mais de 20 elétrons de baixa energia.
Esses elétrons ejetados pelos átomos de ouro e platina criam um gás eletricamente carregado, ou plasma, extremamente localizado, mas capaz de matar as células dos tumores.
Esses átomos metálicos seriam inseridos nos tumores na forma de nanopartículas, que hoje já estão sendo testadas para levar drogas até os tumores.

Astroterapia

"Como astrônomos, aplicamos física e química básicas para compreender o que está acontecendo nas estrelas. Estamos muito animados em aplicar o mesmo conhecimento para tratar o câncer," disse Nahar.
Segundo a pesquisadora, o uso da radiação na Medicina está bastante indiscriminado hoje, não tendo havido qualquer avanço fundamental na produção de raios X desde a invenção do tubo de raios X por Roentgen, em 1890.
A equipe batizou o novo conceito de RNPT (Resonant Nano-Plasma Theranostics) - Teranóstico por Nano-Plasma Ressonante - teranóstico é uma junção de terapia e diagnóstico.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Cientistas russos preveem encontrar alienígenas até 2031

Cientistas russos esperam que a humanidade encontre civilizações alienígenas dentro das próximas duas décadas, disse hoje um importante astrônomo do país.

"A criação da vida é tão inevitável quanto a formação dos átomos. A vida existe em outros planetas e vamos encontrá-la em até 20 anos", afirmou Andrei Finkelstein, diretor do Instituto de Astronomia Aplicada da Academia Russa de Ciências, citado pela agência Interfax.

Em discurso em um fórum internacional dedicado à busca de vida extraterrestre, Finkelstein declarou que 10% dos planetas conhecidos que orbitam em torno de sóis na galáxia se assemelham à Terra.


Se for possível encontrar água neles, também se poderá encontrar vida, completou o astrônomo, ressaltando que os alienígenas tenderiam a se parecer com os humanos, com dois braços, duas pernas e uma cabeça. "Eles poderiam ter pele de cores diferentes, mas até nós somos assim."

O instituto comandado por Finkelstein mantém um programa lançado na década de 1960, no auge da corrida espacial durante a Guerra Fria, para monitorar e difundir sinais de rádio no espaço.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Como identificar um bom astrólogo?

Como identificar um bom astrólogo?
Nesta terça, 12 de julho, a Rede Globo estreará um remake da novela "O Astro". Esta novela fez grande sucesso muitos e muitos anos atrás, quando Francisco Cuoco era o protagonista - um astrólogo charlatão. É oportuno abordarmos dois pontos que fatalmente virão à tona quando a novela estrear: este personagem pode ser ruim para a imagem da Astrologia e dos astrólogos? Mais: como discernir um astrólogo sério de um charlatão?
No que diz respeito à primeira pergunta, meu ponto de vista é o mesmo que sustento sempre que um personagem fictício é apresentado como um astrólogo de comportamento duvidoso: ficção é ficção, e nenhuma obra ficcional tem a menor obrigação de representar idealmente nenhuma atividade profissional. Quantos personagens em filmes ou novelas são médicos malignos, psiquiatras sem escrúpulos, engenheiros vilões? Inúmeros! Um personagem de obra ficcional não é criado para "representar classes". Ademais, ainda que a ficção tivesse por objetivo retratar a realidade, quem disse que não existem vários astrólogos que fazem coisas duvidosas, como este que será apresentado na novela "O Astro"? Astrólogos não deveriam se preocupar com charlatães apresentados em filmes e novelas. Não conheço médico psiquiatra algum reclamando de Hannibal Lecter (vilão do filme "O Silêncio dos Inocentes").
Já no que concerne à segunda questão, sobre como identificar um astrólogo charlatão, a resposta é mais difícil. Primeiro, porque para muitas pessoas a Astrologia já é, por si mesma, um exercício de charlatanismo. Deste modo, para estas pessoas, não haveria divisão entre "astrólogos sérios" e "charlatães". Todos seriam enganadores. Eu digo que este pensamento, isso sim, é enganoso. Explico:
Charlatanismo é uma palavra que explicita o desejo intencional de enganar, oferecendo algo que não se pode cumprir, ou afirmando algo que o próprio declamante sabe não ser verdade. Alguém que pratica ilegalmente a Medicina, sem ter formação para tanto, é um charlatão. Um astrólogo que afirma que pode fazer você ganhar na loteria ou que traz a pessoa amada em 3 dias através de magia é, igualmente, um enganador. Não é complicado identificar este tipo de pessoa perigosa.Procure referências sobre ela. No caso de um astrólogo, procure saber quem ele é, como trabalha, tente descobrir se pessoas de sua confiança já fizeram consultas com ele. Aliás, vale dizer que esta é uma dica preciosa no tocante a serviços astrológicos: o melhor astrólogo é aquele que lhe foi indicado. Note que a Astrologia não é algo que exige de ninguém um estudo formal. Qualquer pessoa pode se dizer "astróloga". Logo, não é como a Medicina, atividade que exige um CRM, ou a Psicologia, que exige CRP (e ambos os registros exigem formação acadêmica).
OS LIMITES DA PRÁTICA ASTROLÓGICA
Há também outro tipo de charlatanismo, moralmente menos grave, que eu chamo de não-intencional. É quando a pessoa aprende uma coisa que não é verdade, acredita nela e propaga a falsidade, conduzindo outras pessoas ao erro. Para céticos em relação à Astrologia, essa descrição caberia a todos os astrólogos, pois estes céticos partem do pressuposto de que a Astrologia é, por si mesma, um engano - até mesmo para quem a pratica com a melhor das intenções. Argumentar sobre a validade da Astrologia é algo que não farei neste artigo. Limito-me a dizer que se o astrólogo pratica o que tradicionalmente é chamado de Astrologia, ele não é um charlatão, nem intencional, nem não-intencional. E, note: o que é tradicionalmente chamado de Astrologia não promete trazer pessoas amadas nem em um dia, nem em 100, Astrologia não faz ninguém ganhar na loteria (se isso fosse possível, astrólogos estariam ricos), Astrologia não cura doenças. Assim sendo, cuidado com quem promete coisas fantásticas. Astrólogos sérios geralmente deixam bem claro os limites da prática: o que pode e o que não pode ser feito.
O que eu chamo de charlatanismo não-intencional é a postura de incorporar à atividade astrológica um palavreado científico acadêmico sem verdadeiro conhecimento de causa. Geralmente, isso decorre mais de ingenuidade que de má fé. Associar Astrologia à física quântica, por exemplo, é forçar a barra. Jamais encontrei nenhum trabalho sobre Astrologia e física quântica que eu pudesse dizer que conta com qualquer mínimo conhecimento, mesmo que vago, de física quântica. Falar em "campos magnéticos", "efeito quântico" e outras coisas do gênero, na minha opinião, não passa de desejo de impressionar através de palavras difíceis ou, na melhor das hipóteses, exercício de analogias forçadas entre dois saberes tão distintos (a Física e a Astrologia). Se um dia a Astrologia puder ser comprovada pela ciência, isso não se dará por mera retórica que se vale de palavras impressionantes e uso de termos exóticos.
Por fim, vale um conselho: se você procura um astrólogo, não tenha medo de inquiri-lo e buscar referências. Procure por alguém de quem você já ouviu falar bem, ou cujos textos você leu e gostou. Converse com ele. Se o astrólogo pontua claramente os limites do que pode ser feito, ele provavelmente é confiável.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Esqueça o telescópio: veja dicas para ser um astrônomo amador


Para comprar um telescópio, é preciso antes de muita experiência. Foto: AFP Para comprar um telescópio, é preciso antes muita experiência



Para alguns, pode parecer que é só comprar um telescópio e mirar para o céu, mas se tornar um astrônomo amador não é nada fácil - e dois anos separam o início da atividade do primeiro telescópio. "Existe uma grande diferença entre o que a gente chama de entusiasta por astronomia e astrônomo amador" diz o engenheiro químico Tasso Augusto Napoleão, um dos fundadores da Rede de Astronomia Observacional (REA) e tido pelos próprios profissionais da ciência como um dos amadores mais ativos e competentes do ramo da astronomia. "O fato de o camarada comprar um telescópio não o qualifica como amador de jeito nenhum. Esse é o entusiasta. E não tem nada de errado em ser entusiasta, pois todo mundo começa assim", explica Napoleão.
A aquisição de um telescópio é, na realidade, o primeiro erro de quem quer ingressar no mundo da astronomia amadora. "Comprar telescópio é justamente coisa de quem não é do ramo. Essa é a pior coisa que você pode fazer. Quase sempre você vai ter um equipamento inadequado para aquilo que você queria, que não vai funcionar. Vai ficar desmotivado e acabar abandonando o interesse pela astronomia", alerta o engenheiro, que aconselha inicialmente que a pessoa observe o céu a olho nu e aprenda a montar um mapa para reconhecer as constelações.
Poluição luminosa
Até o ato de olhar para cima e analisar o céu tem lá suas complicações. A iluminação das grandes cidades, quando feita de modo não adequado, faz com que as luminárias joguem parte da energia consumida para o céu. "Em média, 30 ou 35% é perdido, dependendo do tipo de luminária empregada. O que quer dizer também que nós todos pagamos 35% a mais na conta de luz pública em função disso, e esse é um problema sério que afeta tanto a astronomia profissional quanto a amadora", diz Tasso Napoleão.
Ele cita o remanejamento do observatório da USP como consequência deste problema. "Para você ter uma ideia, o observatório da USP que fica na fronteira da cidade de Valinhos e Vinhedo teve que desmontar o maior telescópio que existia lá e levá-lo para Brasópolis, onde fica o maior observatório brasileiro. E por quê? Porque as cidades de Valinhos e Vinhedo cresceram em volta do observatório e a iluminação é tanta que não dá mais para fazer pesquisa lá", diz. Em cidades grandes, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a observação fica limitada a astros muito brilhantes, como a lua e os planetas. Por isso, para fazer um bom estudo das estrelas, é preciso sair do perímetro urbano e analisar o céu com atenção. Não bastam alguns minutos. É necessário passar pelo menos duas horas observando as mudanças.
Depois de passar alguns meses preparando mapas do céu e reconhecendo constelações, chega a hora de comprar o seu primeiro equipamento: um binóculo. "O binóculo, para a astronomia, é o melhor maneira para você começar, porque é um instrumento com campo de visão muito maior, o que é favorável para o iniciante. É algo que o astrônomo amador vai usar a vida inteira, e é um investimento muito menor do que um telescópio", diz o integrante da REA.
Clubes
Para fazer o melhor uso do seu binóculo e dar o próximo passo no ramo da astronomia amadora, é preciso procurar os clubes e associações da sua cidade - ou região. A Rede Brasileira de Astronomia RBA contabiliza 160 associações registradas em chamados "nós locais".
"É um numero comparável ao de clubes amadores da França, Inglaterra e Alemanha, que são países que, embora tenham população menor, são todos de primeiro mundo. O Brasil não deixa nada a desejar", diz Napoleão.
Engana-se quem pensa que estas associações são pequenos clubes de aficionados. Somente o Clube de Astronomia de São Paulo tem mais de 1 mil associados e possui uma grade de cursos em parceria com a USP. São seis semestres de formação gratuita para astrônomos amadores, com 40 horas/aula em cada módulo. Outros clubes do Brasil têm programações semelhantes, com observações públicas.
A compra do telescópio
Os astrônomos amadores recomendam experiência de, no mínimo, 2 anos de observações antes da compra do primeiro telescópio. "Todo astrônomo amador experiente vai te dar esta mesma recomendação. O camarada que compra um telescópio e nunca usou, vai ter dificuldade de localizar objetos, a não ser que seja a lua, evidentemente", explica o engenheiro. Isso porque o telescópio é um instrumento de campo de visão muito pequeno, e os anúncios para a venda dos equipamentos dão uma noção errada da sua função. e normalmente o leigo se engana sobre a real função do equipamento. "O telescópio não serve pra aumentar nada, é um conceito errado. A função do telescópio é recolher mais luz do que o olho humano. O aumento é dado por uma pecinha que a gente encaixa no telescópio - que se chama ocular - e que tem que ser compatível com o equipamento que você comprou", alerta o amador.
Cada instrumento em particular tem um aumento máximo permissível, e se você trabalhar acima deste limite, a visão ficará distorcida, como se a imagem estivesse dentro de um aquário. Isso acontece porque nós estamos dentro da atmosfera da Terra, onde turbulências, ventos e deslocamentos de massa de ar, principalmente na atmosfera superior, influenciam nos resultados e não é possível obter foco. "Mas isso a gente aprende com a experiência. Se quiser ser astrônomo amador, é preciso se dedicar, estudar, se preparar e, acima de tudo, observar muito", conclui.

sábado, 9 de julho de 2011

Terremoto

PRóXIMO à COSTA LESTE DE HONSHU, JAPãO - 7.0 graus Richter

Classificação: MUITO FORTE
Data: 10/07/2011 00:57 GMT
Profundidade: 34 km
Energia: 474330 Toneladas de TNT

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Nosso planeta

Nosso planeta vem sendo cruzado por diversas micro-ondas diariamente, isso ocorre por causa dos equipamentos elétricos e eletrônicos.

Mesmo sabendo que um aparelho não nos causa tanto danos, mas sabemos que a quantidade e absurda em nosso planeta e o que você acha?
  
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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ilhas Kermadek, Nova Zelândia

Epicentro:
Ilhas Kermadek, Nova Zelândia
 

Magnitude:
7.6
 

Coordenadas:
Lat: -29.31
Lon: -176.20
 

Profundidade:
20.0 km

terça-feira, 5 de julho de 2011

Galeria de Imagens - Planeta Urano


Urano é o sétimo planeta a partir do Sol e é o terceiro maior no sistema solar. Foi descoberto por William Herschel em 1781. Tem um diâmetro equatorial de 51,800 quilómetros (32,190 milhas) e orbita o Sol a cada 84.01 anos terrestres. A distância média ao Sol é 2.87 biliões de quilómetros (1.78 biliões de milhas). A duração de uma dia em Urano é 17 horas e 14 minutos. Urano tem pelo menos 15 luas. As duas maiores luas, Titânia e Oberon, foram descobertas por William Herschel em 1787.
Esta foto de Urano foi obtida em Janeiro de 1986 pela sonda Voyager 2. O tom azul-esverdeado da atmosfera é devido ao metano e ao fumo fotoquímico de grande altitude.Crédito: Projecto Voyager 2, NASA, Calvin J. Hamilton
Esta imagem foi registada pela Voyager 2 a 25 de Janeiro de 1986, quando a sonda deixou o planeta para trás e prosseguiu a sua viagem em direcção a Neptuno. Mesmo a um ângulo extremo (153º), Urano retém a pálida cor azul-esverdeada observada por telescópios terrestres e registada pela Voyager durante o seu encontro histórico. Esta cor vem da presença de metano na atmosfera do planeta; o gás absorve os comprimentos de onda vermelhos da luz, deixando a cor aqui vista. A tendência para o crescente se tornar branco no limite é causada pela presença de uma névoa a grande altitude.Crédito: Calvin J. Hamilton / NASA/JPL
Esta é imagem de mais alta resolução em conjunto com os anéis. Quatro imagens individuais foram editadas conjuntamente para criar esta imagem de Urano. Os anéis foram adquiridos a partir de duas imagens de alta resolução. Os anéis e o planeta estão à escala e mostram a imagem que a Voyager 2 observou tinha à altura em que as imagens foram registadas. Os anéis observáveis são Epsilon, Gamma, Eta, Alpha, 4, 5 e 6. Embora ainda existam outros anéis, estão são os que a Voyager 2 conseguiu ver na altura em que a imagem foi registada.Crédito: Calvin J. Hamilton / NASA /JPL
O terceiro maior planeta do Sistema Solar parece muito chato. Tipicamente aparece como um pequeno ponto sem características visíveis num pequeno telescópio ou como uma grande bola opaca num grande telescópio. Mas para o Telescópio Espacial Hubble, que fotografou Urano na luz infravermelha, Urano mostra nuvens invulgares, anéis e luas. Análises indicam que as nuvens aqui vistas em cor-de-laranja parecem circular o planeta a velocidades superiores a 500 km/h. Na imagem também são visíveis algumas pequenas luas.Crédito: E. Karkoschka et al. (Universidade do Arizona), NICMOS, HST, NASA
Estas fotos do inclinado gigante gasoso Urano mostram detalhes dramáticos da atmosfera do planeta e do sistema de anéis. As espectaculares imagens terrestres foram feitas usando uma câmara perto do infravermelho e o sistema de Ópticas Adaptivas Keck para reduzir os efeitos de "blurring" da atmosfera da Terra. Registadas em Julho de 2004, as imagens mostram dois lados de Urano. Nos dois, nuvens brancas a alta altitude são vistas maioritariamente no hemisfério norte (lado direito), bandas de nuvens de nível médio a verde e nuvens mais baixas a azul. O esquema de cores artificiais dá um ar vermelho aos ténues anéis. Devido à acentuada inclinação do seu eixo rotacional, as estações em Urano são extremas e duram quase 21 anos terrestres no planeta distante. Outono começará no hemisfério Sul em 2007.Crédito: Lawrence Sromovsky, (Univ. Wisconsin-Madison), Observatório Keck
Sim, parece-se com Saturno, mas Saturno é apenas um de quatro planetas gigantes com anéis no nosso Sistema Solar. E enquanto Saturno tem o mais brilhante sistema anular, o da imagem do lado na realidade pertence ao planeta Urano, visto aqui perto do infravermelho pelo telescópio Antu no Observatório Paranal do ESO no Chile. Dado que a atmosfera do gigante gasoso contém metano, e este absorve a luz solar em comprimentos de onda perto do infravermelho, o planeta aparece substancialmente escurecido, aumentando o contraste entre o brilhante planeta e os regularmente ténues anéis. De facto, os finos anéis de Urano são impossíveis de observar no visível com telescópios terrestres e foram descobertos apenas em 1977, quando cuidadosos astrónomos notaram que os então desconhecidos anéis bloqueavam a luz de estrelas de fundo. Os anéis pensa-se que tenham menos de 100 milhões de anos e que sejam formados por detritos da colisão de uma pequena lua com um objecto, por exemplo um cometa um asteróide. As suas luas têm nomes de personagens das peças de Shakespeare e Pope. Urano foi visitado pela ultima vez pela sonda Voyager 2 em 1986.Crédito: E. Lellouch, T. Encrenaz (Obs. Paris), J. Cuby , A. Jaunsen (ESO-Chile), VLT Antu, ESO
Esta dramática imagem da Voyager 2 revela uma distribuição contínua de pequenas partículas pelo sistema anular de Urano. A geometria única da foto torna as filas previamente invisíveis de pó fino visíveis. Todos os anteriormente conhecidos anéis podem ser vistos aqui; no entanto, algumas das características mais brilhantes da imagem são filas brilhantes de pó ainda não observadas. A combinação desta geometria única e uma longa exposição de 96 segundos permitiu esta espectacular observação. A foto foi adquirida através de um filtro na câmara da Voyager. A longa exposição produziu uma atenuação não uniforme bem como riscos de estrelas no pano de fundo.Crédito: Calvin J. Hamilton / NASA/JPL
Esta imagem modificada mostra os anéis de Urano. A sua cor real é cinzento, tão escuro como carvão. Crédito: A. Tayfun Oner
Esta montagem do sistema Uraniano foi preparado a partir de uma recolha de imagens tiradas pela sonda Voyager 2 durante o seu encontro com o planeta em Janeiro de 1986. A impressão de artista mostra Ariel na frente, com Urano nascendo por trás. Seguindo o movimento dos ponteiros do relógio, a seguir temos Umbriel, Oberon, Titânia, Miranda e a pequena lua Puck.Crédito: Calvin J. Hamilton / NASA/JPL

Fonte: http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/urano.htm

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Nasa investiga misteriosas pedras que andam

Nasa investiga misteriosas pedras que andam
Por que essas rochas se movem no deserto?


Antes de entrar em explicações técnicas de como o gelo foi parar em um solo de argila seca no meio do deserto, vale explicar a história dessas famosas rochas andarilhas. O local mais famoso em que elas são observadas é conhecido como Racetrack Playa, no Vale da Morte, Califórnia. Mas desde a década de 1940 pesquisadores detectaram o mesmo fenômeno em diversas formações semelhantes.
Trata-se de trilhas formadas pelo movimento das pedras, caminhos por vezes tão perfeitamente paralelos, que fazem curvas tão regulares, que parecem pertencer a um carro. Acredita-se que algumas rochas podem ter se movido tão rápido quanto uma pessoa andando, mas existe um problema: ninguém nunca as viu se mover.
As explicações óbvias foram logo descartadas para explicar o fenômeno: não houve ajuda de animais, gravidade ou terremotos. Para investigar melhor, a Nasa enviou uma equipe de 17 pessoas do Centro de Vôos Espaciais Goddard até a Racetrack Playa. Permanecendo seca a maior parte do tempo, essa grande planície possui 7,2 km de comprimento.
Para cada rocha e trilha encontradas, foram registradas coordenadas de GPS e tiradas fotos.
Os pesquisadores, muitos deles alunos, também desenterraram sensores colocados anteriormente para capturar dados de umidade e temperatura. Além de confirmar que algumas grandes rochas se moveram mais do que as pequenas, a equipe ainda descartou outras possibilidades: não havia campos magnéticos incomuns ou que sofressem variações, muito menos radiação ou qualquer inclinação relevante que explicasse o fenômeno. Análise das pedras também revelou que elas não possuem nenhuma composição ou propriedade excepcional – a não ser o fato de estarem localizadas muito longe das montanhas de onde caíram.


Algumas das rochas que se moveram pesam menos do meio quilo, mas a maioria pesa entre 11 e 13 quilos. A maior delas, chamada Karen, tem 317 quilos. A única explicação possível, a única força poderosa capaz de movê-la seria o vento – mas, ainda assim, os 240 km/h medidos não são suficientes para causar tamanho deslocamento.
Os cientistas então começaram a se perguntar se haveria alguma forma de reduzir a fricção entre as rochas e o chão argiloso, de modo que o vento pudesse empurrá-las.  Uma das principais hipóteses era a de que a umidade transformaria a argila em uma fina lama, fazendo com que algas possivelmente dormentes formassem um limo no qual a pedra deslizaria. Apesar de ter sido provado que a umidade seria mesmo capaz disso, essa explicação das algas não seria suficiente para movimentar todas as pedras observadas.
Foi então que surgiu outra hipótese: o gelo. A neve que desce das montanhas se acumula em poças e congela durante a noite. Há décadas acreditava-se que o gelo poderia envolver grupos de rochas, que seriam então arrastadas pelo vento. Novamente, experimentos mostraram que esta explicação não era válida para todos os casos.



De volta aos modelos, os cientistas concluíram que um anel de gelo pode se formar na parte de baixo das pedras, provavelmente porque sua massa retém o frio. Quando mais água chega na pedra, essa camada de gelo ajuda o objeto a flutuar parcialmente, de forma que até mesmo uma rocha pesada consegue se mover com o vento. Isso também explica porque algumas das trilhas começam finas e vão ficando mais espessas: a rocha gradualmente afunda na argila úmida conforme o gelo vai derretendo.
As análises de temperatura provaram que seria mesmo possível a formação de gelo – o que levanta uma última hipótese a ser testada. Durante os estudos, o grupo da Nasa especulou se as rochas se movem por um processo de “regelo”, causado por uma diferença de pressão dos dois lados de um objeto. A água de um lado permanece líquida e escorre para o outro lado, prendendo bolhas de ar aonde o gelo se forma.
E enquanto tenta solucionar de vez o mistério das pedras que caminham, os pesquisadores convidam o públcio a colaborarem postando suas próprias fotos da Racetrack Playa no site do projeto.

maré vermelha

Maré Vermelha

Causas e conseqüências da maré vermelha

O fenômeno da maré vermelha, provocado pelo excesso de algas microscópicas.
A maré vermelha é um fenômeno natural que provoca manchas de coloração escura na água do mar.
As manchas são causadas pelo crescimento excessivo de algas microscópicas presentes no plâncton marinho, num processo chamado de floração.
Dependendo da espécie de alga, a mancha pode adquirir coloração vermelha, marrom, laranja, roxa ou amarela. Uma vez que a água nem sempre fica vermelha, o termo "maré vermelha" vem sendo substituído por "floração de algas nocivas" ou simplesmente "FAN".

Causas da maré vermelha

Na maioria das vezes, a maré vermelha é causada pela floração de pequenas algas chamadas de dinoflagelados. Em alguns casos, outros organismos microscópicos, como as diatomáceas e as cianobactérias, podem estar presentes.
Os dinoflagelados são organismos unicelulares agrupados numa divisão das algas chamada de Pyrrhophyta. Em grego, Pyrrhophyta significa planta cor de fogo. O nome está relacionado à presença de pigmentos de coloração avermelhada no interior das células dessas microalgas.
Os dinoflagelados são, em sua maioria, fotossintetizantes, embora existam algumas poucas espécies heterótrofas, que se alimentam de matéria orgânica em decomposição ou são parasitas de outros organismos.
A reprodução geralmente é assexuada por simples divisão celular ou, em alguns casos, sexuada, ocorrendo através da formação de gametas. A célula destes organismos possui dois pequenos flagelos, vindo daí o nome dinoflagelado.

Explosão populacional das algas

O aumento nos níveis de nutrientes dissolvidos na água do mar, aliado a condições ideais de temperatura, salinidade e luminosidade, permite que os dinoflagelados elevem sua velocidade de reprodução, levando a uma explosão populacional dessas algas.
Durante a floração, cada dinoflagelado é capaz de se reproduzir cerca de um milhão de vezes no período de uma ou duas semanas, chegando a atingir concentrações de até 10 milhões por litro de água!
Estas condições, juntamente com a ação de correntes e ventos, promovem a formação de grandes aglomerados de microalgas, gerando as manchas coloridas que podem ser observadas no mar durante o fenômeno da maré vermelha.

Conseqüências da maré vermelha

A floração de microalgas durante a maré vermelha pode representar uma série de ameaças ao ambiente marinho e ao homem. Em 1962, na África do Sul, por exemplo, uma floração de dinoflagelados provocou a morte de mais de 100 toneladas de peixes devido ao entupimento de suas brânquias.
Algumas espécies de algas que podem se multiplicar durante a maré vermelha são parasitas de peixes, alimentando-se de seus tecidos e provocando sérias lesões em seus corpos.

Menos oxigênio na água

A maré vermelha pode causar a queda na qualidade da água do mar, pela diminuição da concentração de oxigênio nela dissolvido. Esta diminuição pode ocorrer por duas razões diferentes.
Uma delas é a redução na taxa de fotossíntese de algas marinhas devido ao sombreamento provocado pelas manchas formadas pelas gigantescas populações de algas, impedindo que os raios luminosos penetrem na coluna d'água.
Outro motivo para a redução do oxigênio na água do mar ocorre devido ao grande número de bactérias decompositoras que se alimentam dos dinoflagelados mortos e consomem o oxigênio. Existem registros de casos em que lagostas se arrastam para fora da água, numa busca desesperada por oxigênio, e acabam morrendo nas praias ou costões rochosos.

Toxinas

Os dinoflagelados podem produzir algumas toxinas que estão entre os mais poderosos venenos conhecidos. O envenenamento pode ocorrer de forma direta, matando peixes e outros organismos marinhos, ou indireta.
Certos moluscos, como os mexilhões e as ostras, não são afetados diretamente pelas toxinas. No entanto, por serem organismos que filtram a água do mar, retirando dela seu alimento, podem acumular algas nocivas e, conseqüentemente, intoxicar indiretamente animais que deles se alimentem, como pássaros, mamíferos marinhos e até o ser humano.
O consumo de moluscos provenientes de regiões afetadas pelo fenômeno da maré vermelha deve ser evitado. Alguns dos tipos de envenenamento indireto, provocado pela ingestão de moluscos contaminados, que podem atingir o homem são a paralisia por envenenamento, o envenenamento amnésico e o envenenamento diarréico.
Tipos de envenenamento pelas algas da maré vermelha
A paralisia por envenenamento foi descoberta em 1700 e é responsável pela morte de centenas de pessoas nos últimos 300 anos. As toxinas que provocam paralisia atuam no sistema nervoso da vítima e, portanto, são chamadas de neurotóxicas. Dependendo da concentração da toxina, a ingestão de um único molusco contaminado pode ser fatal para o homem.
O primeiro sintoma desse tipo de envenenamento é a sensação de ardência ou formigamento nos lábios, na língua e nas pontas dos dedos. Em seguida, ocorre a dormência dos braços, do pescoço e das pernas, tonturas, descontrole muscular e dificuldade para respirar. Após um período que varia de duas horas a um dia, pode ocorrer a morte por insuficiência respiratória.
O envenenamento diarréico provoca intensa diarréia, enjôos, vômitos, dores de estômago, tremores e calafrios. Estes sintomas costumam desaparecer em cerca de três a quatro dias e, geralmente, não levam à morte.
O envenenamento amnésico foi observado pela primeira vez em 1987, no Canadá, após três mortes e diversos casos de intoxicação grave devido à ingestão de moluscos contaminados. Os principais sintomas desta intoxicação são: dores abdominais, vômito, confusão mental e perda de memória.

Fenômeno em aumento

As toxinas produzidas pelas algas também podem ser levadas para o ar através dos respingos das ondas e do vento, causando ardor e secura nos olhos, tosse, irritações na pele e dificuldade de respirar. Estes sintomas desaparecem em poucos dias e não são perigosos.
A freqüência e a intensidade das ocorrências do fenômeno da maré vermelha vêm aumentando em todo o mundo. É possível que este aumento seja conseqüência da atividade humana.
O despejo de esgotos não tratados no mar provoca o aumento da matéria orgânica na água, aumentando a quantidade de nutrientes disponíveis, num processo conhecido como eutrofização.
A elevação nos níveis de nutrientes, juntamente com o aquecimento global, proporciona condições ideais para a floração das microalgas envolvidas na maré vermelha.

Maré vermelha no Brasil

No Brasil, a última grande maré vermelha ocorreu na Baía de Todos os Santos, Bahia, em 2007, e provocou a morte de cerca de 50 toneladas de mariscos e peixes, representando uma ameaça às atividades econômicas da população local.
Atualmente, os cientistas vêm aperfeiçoando técnicas de monitoramento capazes de prever quando e onde ocorrerão novos episódios.
Este acompanhamento permite que se conheça melhor o funcionamento do fenômeno para que, algum dia, possamos abrandar ou até evitar os problemas causados pela maré vermelha.

Alice Dantas Brites
Fonte: www.hidro.ufcg.edu.br