sábado, 5 de maio de 2012

Prepare-se: Fim de semana tem Lua cheia. Muito cheia mesmo!


Se você acha que a Lua cheia é sempre igual, então prepare-se, pois a Lua cheia deste sábado terá algo de especial. Ela se parecerá bem maior que o de costume e apesar de não ser possível ver a marca da bota de Neil Armstrong deixada lá em 1969, o espetáculo é único e vale a pena dar uma olhada.



O motivo da Lua parecer maior neste sábado (e domingo também) não é nenhuma ilusão de ótica. Isso vai acontecer por que nosso satélite estará pelo menos 50 mil quilômetros mais perto de nós e dará a impressão de ser 15% maior que o normal. Com esse tamanho todo a Lua brilhará 30% mais forte.
Isso acontece porque a Lua não gira ao redor da Terra em um círculo perfeito e sim em uma elipse achatada, fazendo com que o astro ora fique mais perto, ora mais longe da Terra. A maior aproximação vai ocorrer às 23h33 pelo horário de Brasília e quando isso acontecer a Lua estará a exatos 356.955 km de distância da Terra, no chamado perigeu.
Se você não lembra, no ano passado a distância mínima foi ainda menor e o astro ficou a apenas 356.577 km do nosso planeta.






Da mesma forma que a órbita achatada da Lua a trás regularmente para perto de nós, no dia 28 de novembro ocorrerá exatamente o oposto. A Lua estará no apogeu e teremos a menor lua cheia do ano.

Marés
Durante o período de maior aproximação são observadas as conhecidas marés de perigeu, quando a atração gravitacional da Lua "puxa" as águas do oceano alguns centímetros a mais que o normal. Dependendo da geografia local esse efeito pode produzir elevações oceânicas que em alguns casos podem chegar a 15 centímetros, provocando algumas instabilidades. No entanto, nada disso causará transtornos, portanto não é preciso ficar preocupado e sair correndo!

Tamanho Aparente
Por razões ainda não perfeitamente compreendidas e explicadas por astrônomos ou neurocientistas, a Lua ou Sol quando vistos próximos ao horizonte e rodeados de árvores e prédios parecem maiores que o normal. A explicação mais comum é fato de não existir nenhuma referência que nos permita estimar distâncias quando olhamos para cima de nossas cabeças, uma vez que temos a ilusão de que a abóbada celeste não é uma semiesfera, mas uma calota achada no zênite.
Por outro lado, o céu no horizonte nos parece muito mais afastado. Quando olhamos para o horizonte nossos olhos contemplam os campos, bosques, montanhas, prédios e colinas e isso nos permite fazer comparações de distâncias e afastamentos, tornando os astros próximos ao horizonte aparentemente maiores. Essa ilusão é tão real que o próprio azul, nuvens, constelações, estrelas e planetas parecem incrustados na abóbada celeste.
Apesar de ser essa a explicação formal e também a mais aceita pelos pesquisadores, ela ainda é alvo de estudos por parte dos neurocientistas, que buscam compreender melhor como nosso cérebro funciona.

Um comentário:

  1. Olá, Bruno.
    Que maravilha de informação. Vou ficar de olhos pregados no céu.
    Beijos, paz e luz.

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