terça-feira, 10 de julho de 2012

NASA encontra formação de lago em lua de Saturno

A observação da sonda sugere que esse oásis de metano líquido está abaixo da superfície da lua. Porém, isso não descarta a possibilidade de existir vida no local


O planeta Saturno, em foto da Nasa
São Paulo - A sonda espacial Cassini, da NASA, detectou a formação de um lago rico em metano na região central de Titã, lua de Saturno. A descoberta foi publicada na revista científica Nature.
A observação da sonda sugere que esse oásis de metano líquido está abaixo da superfície da lua. Porém, isso não descarta a possibilidade de existir vida no local.
A presença de lagos nas regiões polares de Titã já havia sido encontrada. Porém, os cientistas acreditavam que seria muito difícil encontrar líquido na parte central da Lua. Isso porque a energia do Sol no local, teoricamente, faria os lagos em metano evaporarem. Portanto, essa descoberta foi considerada inesperada pelos cientistas.
A pesquisa, liderada Caitlin Griffith, professora de Ciência Planetária da Universidade do Arizona, examinou dados coletados por Cassini, que mediu a luz solar refletida na superfície e na atmosfera de Titã. Então, ela detectou uma região escura que, ao ser analisada, sugeriu ser um lago de hidrocarbonetos de 927 quilômetros quadrados.
Além disso, próximo a essa lago, os pesquisadores indicaram a possível existência de mais quatro lagoas rasas semelhantes em tamanho e profundidade a pântanos da Terra.
Titã tem uma atmosfera densa, formada por uma camada de nitrogênio e metano. Esse gás metano na atmosfera é quebrado pela luz do Sol. Então, ele cai na superfície e é transportado de volta para os polos, onde se condensa e forma lagos.
A sonda Cassini foi lançada em Outubro de 1997 com destino a Saturno para estudar toda a complexidade de anéis e luas em torno do planeta. Cassini completou sua missão inicial de quatro anos para explorar o sistema do planeta em Junho de 2008. A primeira missão estendida, chamado de Cassini Equinox Mission, também foi completada em setembro de 2010. A extensão atual da missão vai até setembro de 2017, com o solstício de verão saturnian

domingo, 8 de julho de 2012

NASA anuncia descoberta de portais no campo magnético terrestre

De acordo com a NASA, um cientista da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, conseguiu identificar a presença de portais ocultos no campo magnético terrestre. Entretanto, as passagens encontradas estão bem longe de nos conduzir a universos paralelos ou permitir a viagem através do tempo.

Conforme explicou Jack Scudder, o pesquisador responsável pela descoberta, esses portais são pontos nos quais o campo magnético terrestre se conecta ao do Sol, criando uma passagem ininterrupta entre o nosso planeta e a atmosfera solar, que se encontra a 150 milhões de quilômetros.
 

Portais ocultos

Segundo as observações realizadas, esses portais possuem tamanhos diferentes, além de se abrirem e fecharem dezenas de vezes ao dia. Enquanto estão abertas, essas passagens permitem a entrada de partículas capazes de aquecer as camadas mais externas da nossa atmosfera, podendo desencadear tempestades geomagnéticas e dar origem às auroras boreais.

Embora essas passagens de energia sejam transparentes, instáveis e imprevisíveis, Scudder afirma ter encontrado uma maneira de encontrá-las. Através da análise de dados coletados pelas espaçonaves Themis e Polar da NASA e sondas espaciais da agência espacial europeia, o cientista observou cinco combinações simples entre campo magnético e medição de partículas que indicam a presença de um portal.

A agência espacial norte-americana pretende lançar uma missão em 2014 para estudar as passagens, e você pode saber mais sobre os portais ocultos assistindo ao vídeo acima. Para ativar as legendas, clique no botão “cc” do menu

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Texto maia confirma que o mundo não acaba este ano

A descoberta revela data que representa o fim de um ciclo do calendário, e não o apocalipse.

 
                    (Fonte da imagem: Reprodução/Live Science)

De acordo com o site Live Science, um texto antigo recém-descoberto nas ruínas de La Corona, na Guatemala, aponta a data de 21 de dezembro de 2012 como sendo o final de um ciclo do calendário maia, não mencionando em nenhuma de suas passagens que essa data marcaria o fim do mundo.
Segundo os pesquisadores, o texto maia trata de história política — em vez de profecias apocalípticas —, e menciona a data de 13 bak’tun como sendo um importante evento que deveria ser celebrado por esse povo.


A criação maia


O calendário dos maias é dividido em bak’tuns, ou seja, ciclos de 144 mil dias que se iniciaram com a data da criação. Conforme explicaram os pesquisadores, o dia 21 de dezembro de 2012, ao contrário de apontar o fim do mundo, marca o final do 13o bak’tun, ou seja, representa o final de um ciclo completo da criação para os maias.
Além disso, o texto também traz hieróglifos mencionando a visita de um poderoso e antigo rei maia — conhecido como Pata de Jaguar —, a qual deveria ser celebrada. De acordo com os arqueólogos, tal rei utilizou um ciclo mais longo de tempo, tendo como objetivo poder retomar o seu reinado no futuro. Coincidentemente, tal ciclo também culmina em dezembro de 2012.

Fonte: Live Science


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Bóson de Higgs (partícula de Deus)



O que é o Bóson de Higgs?

Segundo teorias da Física que aguardam comprovação definitiva, Higgs é uma partícula subatômica considerada uma das matérias-primas básicas da criação do Universo.
Existe uma teoria quase completa sobre o funcionamento do Universo, com todas as partículas que formam os átomos e moléculas e toda a matéria que vemos, além de partículas mais exóticas. Esse é o chamado Modelo Padrão.
Mas há um “buraco” na teoria: ela não explica como todas essas partículas obtiveram massa. A partícula de Higgs, cuja teoria foi proposta inicialmente em 1964, é uma explicação para tentar preencher esse vácuo.
Segundo o Modelo Padrão, o Universo foi resfriado após o Big Bang, quando uma força invisível, conhecida como Campo de Higgs, formou-se junto de partículas associadas, os Bósons de Higgs, transferindo massa para outras partículas fundamentais.

Por que a massa é importante?

A massa é simplesmente uma medida de quanto qualquer objeto – uma partícula, uma molécula, um animal – contém em si mesmo. Se não fosse pela massa, todas as partículas fundamentais que compõem os átomos e os animais viajariam pelo cosmos na velocidade da luz, e o Universo como o conhecemos não seria agrupado em matéria.
A teoria em questão propõe que Campo de Higgs, permeando o Universo, permite que as partículas obtenham massa. Esse processo pode ser ilustrado com a resistência que um corpo encontra quando tenta nadar em uma piscina. O Campo de Higgs permeia o Universo como a água enche uma piscina.

Como se sabe que o Higgs existe?

A caça ao Higgs é uma das razões que levaram à construção do imenso acelerador de partículas Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), do Cern (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), na Suíça. A primeira vez que se falou da partícula foi em 1964, quando seis físicos, incluindo o escocês Peter Higgs, apresentaram uma explicação teórica à propriedade da massa.
O Modelo Padrão é um manual de instruções para saber como funciona o cosmos, que explica como as diferentes partículas e forças interagem. Mas a teoria sempre deixou uma lacuna – ao contrário de outras partículas fundamentais, o Higgs nunca foi observado por experimentos.
Agora, os pesquisadores do Cern dizem que descobriram uma partícula que pode ser o Bosón de Higgs, mas destacam que mais pesquisas são necessárias para confirmar a descoberta.


Como os cientistas buscam o Bóson de Higgs?

Ironicamente, o Modelo Padrão não prevê a existência de uma massa exata para o Higgs. Aceleradores de partículas como o LHC são utilizados para pesquisar a partícula em um intervalo de massas onde ela possa estar.
O LHC esmaga dois feixes de prótons próximos à velocidade da luz, gerando uma série de outras partículas. É possível que o Higgs nunca seja observado diretamente, mas os cientistas esperam que ele exista momentaneamente nessa “sopa” de partículas. Se ele se comportar como os pesquisadores esperam que ele se comporte, pode se decompor em novas partículas, deixando um rastro de provas de sua existência.

Quais evidências os cientistas podem encontrar?

O Bóson de Higgs é instável. Caso seja produzido a partir das bilhões de colisões no LHC, o bóson rapidamente se transformará em partículas de massa menor e mais estáveis. Serão essas partículas os indícios que os físicos poderão usar para comprovar a existência do bóson, que aparecerão como ligeiras variações – como a anunciada nesta quarta – em gráficos usados pelos cientistas. Portanto, a confirmação se dará a partir de uma certeza estatística.

E se o Bóson de Higgs não for encontrado?

Caso se comprove que o Bóson de Higgs não existe, a teoria do Modelo Padrão teria de ser reescrita. Isso poderia abrir caminho para novas linhas de pesquisa, que podem se tornar revolucionárias na compreensão do Universo, da mesma forma que uma lacuna nas teorias da Física acabou levando ao desenvolvimento das teses da mecânica quântica, há um século.

LHC (Large Hadron Collider)

Por que o LHC

Algumas perguntas não respondidas 

O LHC foi construído para ajudar os cientistas a responder principais questões não resolvidas em física de partículas. A energia sem precedentes que atinge até mesmo revelar alguns resultados inesperados que ninguém nunca pensou!

Para as últimas décadas, os físicos foram capazes de descrever com detalhes o aumento das partículas fundamentais que compõem o universo e as interações entre eles. Esse entendimento é encapsulado no Modelo Padrão da física de partículas, mas contém lacunas e não pode nos contar a história toda. Para preencher a falta de conhecimento requer dados experimentais, e o próximo grande passo para conseguir isso é com o LHC.



Negócios inacabados de Newton ...

O que é massa?

Qual é a origem da massa? Por que pequenas partículas pesar a quantidade que eles fazem? Por que algumas partículas não têm massa em tudo? No momento, não existem respostas para estas perguntas estabelecidas. A explicação mais provável pode ser encontrada na bóson Higgs , uma partícula chave não descoberto que é essencial para o modelo padrão de trabalho. Primeira hipótese, em 1964, ele ainda tem que ser observado.

O ATLAS e CMS experimentos serão activamente à procura de sinais desta elusiva partícula.

Um problema invisível ...

O que é de 96% do universo é feito?

Tudo o que vemos no Universo, desde uma formiga até uma galáxia, é composta de partículas ordinárias. Estes são referidos coletivamente como matéria, formando 4% do Universo. A matéria escura e energia escura Acredita-se que compõem a restante percentagem, mas eles são incrivelmente difíceis de detectar e estudar, a não ser através das forças gravitacionais que exercem. Investigando a natureza da matéria escura e energia escura é um dos maiores desafios hoje nos campos da física de partículas e cosmologia.

Os ATLAS e CMS experimentos irá procurar partículas supersimétricas para testar uma hipótese provável para o make-up de matéria escura.

Favoritismo da natureza ...

Por que não há mais a antimatéria?

Vivemos em um mundo de matéria - tudo no Universo, incluindo nós mesmos, é feito de matéria. Antimatéria é como uma versão dupla da matéria, mas com carga elétrica oposta. No nascimento do Universo, quantidades iguais de matéria e antimatéria devem ter sido produzidos no Big Bang. Mas, quando partículas de matéria e antimatéria se encontram, elas se aniquilam mutuamente, transformando em energia. De alguma forma, uma pequena fração da matéria deve ter sobrevivido para formar o Universo em que vivemos hoje, com quase nenhuma antimatéria esquerda. Por que a natureza parece ter esse viés para a matéria sobre a antimatéria?

O LHCb experiência vai estar à procura de diferenças entre matéria e antimatéria para ajudar a responder esta pergunta. Experimentos anteriores já observaram uma pequena diferença de comportamento, mas o que foi visto até agora não é suficiente para explicar o desequilíbrio aparente de matéria-antimatéria no Universo.



Segredos do Big Bang

Qual foi a matéria como no primeiro segundo de vida do Universo?

A matéria, de que tudo no Universo é feito, é acreditado para ter originado a partir de um cocktail denso e quente de partículas fundamentais. Hoje, a matéria comum do Universo é feito de átomos, que contêm um núcleo composto de prótons e nêutrons, que por sua vez são feitos de quarks unidos por outras partículas chamadas glúons. O vínculo é muito forte, mas nas condições iniciais do Universo teria sido muito quente e cheio de energia para os glúons para manter os quarks juntos. Em vez disso, parece provável que durante os primeiros microssegundos após o Big Bang o Universo teria continha uma mistura muito quente e denso de quarks e glúons chamados plasma quark-glúon.

O ALICE experimento vai usar o LHC para recriar as condições que existiram logo após o Big Bang, em especial para analisar as propriedades do plasma quark-glúon.

Mundos escondido ...

Não dimensões extras do espaço realmente existe?

Einstein mostrou que as três dimensões do espaço estão relacionados com o tempo. Teorias posteriores propor que mais dimensões ocultas do espaço podem existir, por exemplo, a teoria das cordas sugere que existem outras dimensões espaciais ainda a ser observado. Estes podem tornar-se detectável em energias muito elevadas, pelo que os dados de todos os detectores serão cuidadosamente analisadas para procurar sinais de dimensões extras.



Adicionar legenda
http://public.web.cern.ch/public/en/LHC/WhyLHC-en.html

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Astrofísica britânica diz que governos devem estar preparados para contato com ETs

Vamos encontrá-los nos próximos 100 anos, diz cientista
AP Photo/Bruce McBroom

Uma previsão que traz um brilho aos olhos dos apaixonados por ficção científica: vamos fazer contato com extraterrestres em menos de 100 anos. A astrofísica britânica Jocelyn Bell Burnell, que participou do Fórum Euroscience em Dublin nesta semana, garantiu que este não é mais um assunto para Hollywood. Segundo ela, as autoridades devem se preparar.

"Já pensamos em como podemos abordá-los? Devemos colocá-los em um jardim zoológico, comê-los, enviar soldados?”, provocou Burnell. Pesquisas anteriores já apontaram que quase metade dos britânicos acredita em homenzinhos verdes. 

Jemal Countess/Getty Images/AFP
A Royal Society ouviu duas mil pessoas e revelou que 44% acreditam na existência de vida extraterrestre e um terço dos entrevistados responderam que devemos procurar ativamente pelos Ets.

Os cientistas, no entanto, não estão tão animados e se dividem sobre os riscos de anunciarmos nossa presença aos habitantes de outros planetas. Segundo o consagrado Stephen Hawking, os alienígenas podem invadir a Terra apenas para pilhar seus recursos. 

“Basta olhar para nós mesmos para ver como vida inteligente pode evoluir para algo que não gostaríamos de conhecer. Se os alienígenas nos visitarem, o resultado seria muito mais como quando Colombo desembarcou na América: e isso não saiu nada bem para os nativos americanos", comparou Hawking.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Observatório Antares inscreve para encontro de ensino de Astronomia

O Observatório Antares, órgão vinculado à Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), está com inscrições abertas para o 25º Encontro Regional de Ensino em Astronomia (Erea) que será realizado de 28 a 31 de março. O curso é voltado para professores do ensino fundamental e médio das escolas públicas e particulares de Feira de Santana e região.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 25 de março através do site www.uefs.br/antares. Os interessados devem preencher o formulário disponível na página e, posteriormente, comprovar vínculo empregatício com a escola através de apresentação de contracheque no Observatório Antares, localizado na rua Barra, 925, bairro Jardim Cruzeiro, Feira de Santana, BA.

O objetivo do evento é contribuir para a melhoria do ensino de ciências nas escolas e auxiliar os professores da região a desenvolverem atividades com conteúdos relacionados à ciência astronômica. Cada escola participante do evento receberá materiais didáticos para serem utilizados em sala de aula como elementos de apoio nas atividades relacionadas ao ensino de Astronomia.

Durante o encontro, serão realizadas palestras, oficinas, mini-cursos, visitas ao planetário, sessões de vídeos e observações do céu, além de fornecimento, aos professores, de materiais como banners sobre o sistema solar, kit de óptica geométrica para o ensino médio, luneta galileana, carta celeste (planisfério) e um manual de astronomia.

Segundo o diretor do Observatório Antares, Paulo Poppe, os encontros regionais foram idealizados durante o Ano Internacional de Astronomia, em 2009, com o objetivo de popularizar a Ciência Astronômica entre crianças, jovens e adultos de todo o país. “Com este evento, os professores vão aprender a fazer maquetes sobre a astronomia, elaborar desenhos sobre a órbita dos planetas, aprender como passar de forma didática a história da astronomia”, salientou.

Ascom/Uefs